sábado, 3 de abril de 2010

Não vamos perder!!!!



A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec – Centro de Estudo e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária,desenvolve ações de formação de professores, com o objetivo de contribuir para ampliação do conhecimento e aprimoramento do ensino da escrita. Uma das estratégias é a realização de um concurso de produção de textos que premia poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião elaborados por alunos de escolas públicas de todo o país.


Informações nos sites:

www.itau.com.br

www.fundacaoitausocial.com.br

tel: 0800 771 93 10

Ainda podemos acessar os sites do MEC e Escrevendo o Futuro.





terça-feira, 12 de janeiro de 2010

2010: Centenário de Rachel de Queiroz


O ano de 2010 pode ser instituído como Ano Nacional Rachel de Queiroz, em homenagem ao centenário da escritora. A iniciativa é do Senador Inácio Arruda, que apresentou projeto de lei nesse sentido, manifestando publicamente o reconhecimento da singular contribuição para a literatura brasileira. “A idéia de dedicar um ano à Rachel de Queiroz servirá para demonstrar, mais uma vez, o reconhecimento pelo legado cultural que o Brasil recebeu dessa ilustre cearense, renovando e estendendo o conhecimento de suas obras às gerações mais recentes”, explica o Senador Inácio Arruda.

A instituição de um “Ano Nacional” dedicado a figuras públicas notáveis tem sido uma das maneiras de se prestar o devido reconhecimento a brasileiros de destaque, a exemplo do que aconteceu com Santos Dumont, em 2006, e Machado de Assis, em 2008. Mulher, nordestina, cearense, escritora. Rachel de Queiroz natural de Fortaleza, nasceu dia 17 de novembro de 1910. Uma das maiores escritoras do Brasil, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Sua identificação com a leitura começou aos cinco anos de idade quando ler o seu primeiro livro e o seu nascimento entre os imortais na literatura brasileira, aos 20, quando escreve “O Quinze”.

Filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz e prima de José de Alencar. Seu pai um homem estudado, sempre a fez está em meio a leitura, com isso Raquel logo aprendeu a ler aos cinco anos. O livro "Ubirajara", escrito por José de Alencar, foi seu primeiro livro de vários que leria.Apesar de ter nascido em Fortaleza, era em Quixadá, Sertão Central do Ceará, onde sua família tinha raiz.
O pai era Juiz de Direito da cidade, mas, logo teve que deixar a terra dos Monólitos, foi promovido a promotor, retornando a Capital.Mesmo vindo de uma família de posses, a vida naquela época não era fácil pra ninguém, a única alternativa foi fugir dos horrores da seca. No ano 1917, Rachel e sua família tiveram que deixar o Ceará e mudar-se para o Rio de Janeiro, em busca de uma vida melhor.
Com o passar do tempo, já era hora de voltar para a terra natal. A cidade de Guaramiranga foi à escolhida para o seu retorno ao Ceará e em seguida novamente para Quixadá. Quando chega a cidade Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição. Com o habito de ler diariamente, ela acaba sendo estimulada a fazer seus primeiros escritos.
Seus primeiros escritos impresso foram para o Jornal “O Ceará”, no ano de 1927. O convite para o jornal surgiu após escrever uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes". Como era comum aos escritores da época o uso de pseudônimo, Rachel utilizava o de "Rita de Queluz”. Curioso é que no ano seguinte ela foi eleita “Rainha da Escola”.

Três anos depois Rachel passa por problemas de saúde, fazendo-a ficar mais resguardada em repouso. Isto não deixou a escritora desmotivada, pelo contrário, ela busca força e escreve "O Quinze", romance de fundo social que fala sobre a seca, livro este que a transforma em uma personalidade no mundo da literatura brasileira.
Mesmo com todo o sucesso do seu primeiro livro, não foi fácil para a escritora continuar a publicar suas obras. Prova disso foi o seu segundo romance, "João Miguel". Quase para ser editado foi informada de que seu livro não seria aprovado pelo Partido Comunista, do qual fazia parte.

Nos anos seguintes, Rachel de Queiroz se torna mais conhecida e faz várias publicações no intervalo entre 1937 e 1953; romances como "Caminho de Pedras", lançado no Rio de Janeiro, pela editora José Olympio; "As Três Marias", 1939; "A Donzela e a Moura Torta”, 1948. No ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O Galo de Ouro".

Em 1953, escreve sua primeira de teatro: "Lampião", que foi montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo.

No ano de 1957, recebe da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Machado de Assis. Em reconhecimento à suas obras e contribuições para a literatura nacional. Seria esse o seu primeiro contato com a academia, que após nove anos a elegeria por 23 votos a 15, a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Suas produções literárias fizeram parte das programações da TV brasileira. Minisséries como "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da escritora, no ano de 94, ano este que marca sua estréia, na Rede Globo de Televisão.

Se 1930 marcou seu ingresso na literatura, o ano de 2003 fica registrado como o ano da sua saída do livro da vida. No ato simples do sertanejo de levar a vida, a escritora faleceu dormindo em sua rede, no dia 04 de novembro de 2003, na cidade do Rio de Janeiro. Rachel de Queiroz, a mulher que contava histórias passa a ser a história. Em Quixadá, onde passou boa parte da sua vida e escreveu seu primeiro livro de sucesso, foi criado um Centro Cultural em sua homenagem. A escritora deixou, além de todas as suas obras, patrimônio da humanidade, o livro “Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz" com textos de sua autoria, ainda a ser publicado.

"[...] tento, com a maior insistência, embora com
tão precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."

Rachel de Queiroz


Por Antonio Filho




sábado, 2 de janeiro de 2010

GESTAR II_ Paranaguá
























"Um dia a maioria de nós irá se separar, sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,as descobertas que fizemos,dos sonhos que tivemos,dos tantos risos e momentos que compartilhamos, até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim...do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.Hoje não tenho mais tanta certeza disso.Em breve cada um vai pra seu lado,segue a sua vida,talvez continuemos a nos encontrar quem sabe..nos e-mails trocados.Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens...Aí os dias vão passar, meses...anos...até este contato tornar-se cada vez mais raro.Vamos nos perder no tempo...Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas?Diremos...Que eram nossos amigos. E..isso vai doer tanto!Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!"

Vinícius de Moraes






domingo, 27 de dezembro de 2009

Para refletir:

Esperança

Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


Texto extraído do livro "
Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.



quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

Preconceito linguístico - Marcos Bagno


O preconceito, qualquer que seja ele, é de um verdadeiro mau gosto. Mas não há, neste mundo, quem não tenha alguma idéia ou atitude preconceituosa. Porém, é uma virtude tentar se afastar o mais longe possível dessa praga, que, em alguns casos, é resultante da manipulação ideológica.

Bagno afirma que "o preconceito lingüístico se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogadas nos dicionários (...)".

Ele aponta oito MITOS do preconceito lingüístico, que são:

1. "A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente"
2. "Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português"
3. "Português é muito difícil"
4. "As pessoas sem instrução falam tudo errado"
5. "O lugar onde melhor se fala português é no Maranhão"
6. "O certo é falar assim porque se escreve assim"
7. "É preciso saber gramática para falar e escrever bem"
8. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"

Em seu livro o autor destrincha uma série de equívocos cometidos pelos senhores-gramáticos-da-norma-culta. Faz críticas, principalmente, aos que tratam a Gramática da Língua Portuguesa como se ela fosse o deus maior.

"É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como a fala nordestina é retratada nas novelas de televisão, principalmente da Rede Globo. Todo personagem de origem nordestina é, sem exceção, um tipo grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do espectador. No plano lingüístico, atores não-nordestinos expressam-se num arremedo de língua que não é falada em lugar nenhum no Brasil, muito menos no Nordeste. Costumo dizer que aquela deve ser a língua do Nordeste de Marte! Mas nós sabemos muito bem que essa atitude representa uma forma de marginalização e exclusão." (BAGNO, p. 44)




terça-feira, 15 de dezembro de 2009

TP6 - Leitura e Processos de Escrita II

No dia 11/12/2009 realizamos mais um encontro de oito horas com nossos professores cursistas. Os professores relataram a dificuldade que encontraram no "Avançando na Prática " do TP2. Tratava-se de uma interpretação textual. Os alunos tiveram dificuldades para realizar uma leitura crítica e sublinear do texto, apesar de todo trabalho realizado até o momento. Porém, somos conscientes de que se trata de um processo de médio a longo prazo, devido à falta do hábito de leitura reflexiva dos alunos.A leitura das unidades 21 e 22 do TP6 contribuíram para a compreensão do fenômeno da linguagem . Os professores puderam constatar que todo ato de linguagem objetiva à argumentação ( consciente ou não ) em maior ou menor grau. "Convencer não é só mudar a opinião do outro, mas é também colocar minha opinião para influenciar o outro".
Utilizamos a imagem abaixo para reforçar a leitura e a reflexão das unidades estudadas.

Pedimos para os professores redigirem um parágrafo argumentativo sobre o poder que os anúncios publicitários têm de confundir as pessoas quanto aos reais valores humanos, a ponto de levá-las a crer que ser feliz é o mesmo que consumir.Na leitura da unidade 23 que trata do processo de produção textual :revisão e edição, os professores refletiram sobre suas atuais práticas e descobriram que novas estratégias podem valorizar e enriquecer o processo de ensino aprendizagem. O ato da escrita e reescrita seguindo os preceitos dos textos lidos no TP6 permitem que os alunos desencadeiem estratégias eficientes para produzir mudanças no texto.A unidade 24 que trata da leitura para adolescentes , os professores sentiram-se animados, pois já estão no caminho certo. No momento , os alunos estão fixados na literatura de Stefani Meyer, com seus vampiros e lobisomens . A maioria dos professores já leu toda a coleção e trabalha em sala de aula enfocando comportamentos e outros temas dos livros. Exploram principalmente as "capas", pois elas dizem muito.



Na oficina 11 do TP6 os professores puderam ler e discutir a crônica de Moacyr Scliar "Espírito Carnavalesco", e elaboraram um planejamento de escrita e revisão , considerando todos os preceitos do TP6, para a utilização da mesma crônica em sala de aula, com o objetivo de trabalhar os aspectos de escrita e planejamento. Realizaram uma avaliação muito positiva dessa oficina e descreveram como ela contribuiu para o aperfeiçoamento de suas práticas pedagógicas.
Para realizar a oficina 12 do TP 6 os professores levaram para o curso obras literárias que consideraram adequadas para suas séries.