terça-feira, 17 de novembro de 2009

TP 2 - Análise Linguística e Análise Literária

   No dia 14/11/2009 iniciamos os estudos do TP2, unidades 5 e 6 , na Escola Municipal Manoel Viana. Iniciamos recolhendo o “Avançando na Prática” da página 144 do TP1- As professoras socializaram com o grupo o relato da atividade em sala, sobre as dificuldades, os pontos positivos...Segundo relato dos professores os alunos gostaram de trabalhar com a intertextualidade e deram asas à imaginação.
   Demos continuidade com o espaço para os comentários e reflexões das leituras realizadas em casa sobre as unidades do TP 2. Durante a socialização os professores verbalizaram que as leituras foram momentos de reflexão e autoavaliação sobre suas práticas docentes e o ensino da gramática.
Comentaram sobre as três formas de conceber a gramática:
  • Gramática interna e o ensino produtivo;
  • Gramática descritiva e o ensino reflexivo;
  • Gramática normativa e o ensino prescritivo;

   Fizemos uma roda de conversa sobre como aprendemos, como ensinamos e como os alunos aprendem a gramática. Trocamos ideias, revimos alguns pontos do TP 2 que davam dicas de como avançar no ensino da gramática, enfim, foi um trabalho muito produtivo.
   Apresentamos o texto: “O gigolô das Palavras" de Luís Fernando Veríssimo e também, a música do grupo Paralamas do Sucesso - "Gramática". Os professores observaram a crítica, presente nos dois textos, em relação à gramática normativa, e chegaram à conclusão que as regras gramaticais, ensinadas na escola, não são apreendidas pelos alunos, que comentam que nunca estudaram determinado conteúdo, muitas vezes ensinado/apresentado pelo próprio professor. E assim é o “ensino” da tão apavorante: gramática normativa...
   Realizamos a dinâmica da "História Fatiada - Frase, Oração e Período" com o objetivo de fazer com que os professores estabelecessem uma relação entre as frases, os períodos e as orações, compreendendo conceitos e identificando a pertinência das diferentes organizações e observassem a estrutura do texto. Então, distribuímos a eles envelopes contendo frases, orações e períodos, os quais faziam parte da fábula: "Águia ou galinha?”.
   A dinâmica iniciou com o professor que estava com o título da fábula e os outros deram continuidade de acordo com a frase, período, ou oração que possuíam em suas mãos e que completavam com coerência a sequência das ideias. Foi uma atividade proveitosa e significativa, de acordo com a opinião dos professores.Conforme o combinado deixo a história que segue abaixo.

Águia ou Galinha?

Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas.
Tratava-a da mesma maneira que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha.
Dava a mesma comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazia-a ciscar para complementar a alimentação, como se fosse uma galinha.
E a águia passou a se portar como se galinha fosse.

Certo dia passou por sua casa um naturalista que, vendo a águia ciscando no chão, foi falar com o camponês:
"Isto não é uma galinha, é uma águia!"
E o camponês retrucou:
"Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha!"
O naturalista disse:
"Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa...”.
Levou-a para cima da casa do camponês e elevou-a nos braços e disse:
"Voa, você é uma águia, assuma sua natureza!
"Mas a águia não voou, e o camponês disse:
"Eu não falei que ela agora era uma galinha?!
O naturalista disse:
"Amanhã, veremos...
No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha.
O naturalista levantou a águia e disse:
"Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima e os campos verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas. Desperte para sua natureza, e voe como águia que é...”.
A águia começou a ver tudo aquilo e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha visto; ficou um pouco confusa no início, sem entender o porquê de ter ficado tanto tempo alienada. Então, ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou devagar suas asas e partiu num voo lindo, até que desapareceu no horizonte azul.
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    Na continuidade os professores apresentaram aos colegas suas produções sobre alegrias e tristezas, perdas e ganhos que tiveram ou têm como professores-atividade da página 66 TP 2 .   Observamos a unanimidade em relação à alegria de observar a aprendizagem se concretizando em seus alunos, e a satisfação quando alcançam seus objetivos. Como perdas citaram a falta de valorização da profissão e o desrespeito com que muitas vezes são tratados, além da ausência das famílias nas escolas e na própria educação dos filhos, o que gera violência, agressividade e falta de interesse em aprender, por parte dos alunos. E alguns deixaram escapar que já pensaram muitas vezes em desistir; outros, reafirmaram que são brasileiros e por isso não desistem nunca.
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   Realizamos a oficina 3 do TP 2 , os professores promoveram a leitura dramatizada do texto "Maria e Pedro na cova do vento" e a leitura do poema "Quadro".
   Dividimos os grupos, e cada um ficou responsável em desenvolver fatos linguísticos pertinentes aos textos, para trabalharem com seus alunos. Abordaram a questão de valores e choque de gerações presentes no texto 1, além de elaborarem questões referentes ao sentido das pontuações dentro do texto . No texto 2 abordaram os recursos linguísticos dos quais o poeta fez uso. Observamos, no decorrer da oficina, a preocupação na elaboração de questões que privilegiassem a gramática descritiva e a reflexão sobre a organização textual e sua estrutura. Tudo de acordo com os preceitos do TP2, unidades 5 e 6.
   Aproveitamos o momento para retomar algumas questões que foram pouco comentadas e debatidas:
  • Frase e sua organização;
  • Conceituação e identificação da frase;
  • Diferença de frase, período e oração.
   Comentamos sobre as dificuldades que os alunos apresentam para compreender e refletir sobre estas questões, propusemos, então, o “Avançando na Prática” da página 51 do TP.

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